quinta-feira, 31 de março de 2011

Consumo de drogas na Adolescência

Ultimamente, o consumo de drogas na adolescência tem aumentado drasticamente. Este é um dos assuntos que mais discussão e preocupação tem causado na área da saúde pública.
Há muito tempo que as drogas são usadas como medicamentos para tratar doenças, devido ao seu efeito analgésico. Contudo, o consumo exagerado destas substâncias distorce a realidade causando falsas sensações de bem-estar.
Será que sabes o que são drogas?
Drogas são todas as substâncias capazes de produzir alterações no equilíbrio do organismo ao serem introduzidas por diversas vias, como inalação, ingestão, injecção, ou de provocar no indivíduo dependência física, psíquica ou ambas.
Quando um jovem experimenta uma droga é, normalmente, para ceder à pressão do seu grupo social ou apenas por curiosidade. Desta forma, as condições em que o adolescente vive e a sua vida social são dois factores bastante influenciáveis.
Porque é que os jovens tomam drogas?
Porque são curiosos e querem descobrir o que os seus amigos, e até familiares, estão a experimentar e, no momento, não se apercebem que é preciso ter cuidados.
É também preciso não esquecer que a adolescência é um momento de transição entre a infância e a idade adulta. É indispensável nesta época, construir valores próprios que irão compor sua identidade. A adolescência é caracterizada por impulsividade, inconstância, necessidade de pertencer a grupos e inconformismo e claro que tudo isto ajuda a iniciar o consumo.
                Há, contudo, diversos tipos de consumos: o que experimenta, o que usa eventualmente, o que abusa e o dependente. Nenhum dos tipos de consumo é aceitável mas existem uns mais graves que outros. O que experimenta é aquele que vai a uma festa, está com os amigos e sente curiosidade, mas não volta a experimentar. O que usa eventualmente é aquele que apenas consome em situações especiais. O que abusa é quem consome com regularidade e de forma contínua. E o dependente é aquele que sente necessidade de consumir e que não consegue abandonar.
                Existem vários tipos de drogas. Algumas que tu conheces. Outras que não fazes ideia que existem.
As drogas estimulantes são as anfetaminas e a cocaína. As anfetaminas duram cerca de quatro horas e que transmitem uma sensação de força, excitação e euforia. Quando o corpo fica tolerante a estas substâncias e o indivíduo sente necessidade de aumentar a dose, a médio prazo, as consequências podem ser tremores, inquietude, taquicardia e efeitos psicóticos. No caso da cocaína, a euforia dura entre 15 a 30 minutos e as primeiras sensações são de alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, o consumidor pode sofrer náuseas e insónia. Esta droga causa séria dependência.
As drogas depressivas mais conhecidas são o álcool, os soníferos, a heroína, a morfina os calmantes e antidepressivos. O principal objectivo é retardar o funcionamento do organismo. A heroína é inalável mas, excepcionalmente, pode ser injectada conduzindo a um estado de euforia elevado. Contudo, quando é inalada provoca sono, náuseas e prisão de ventre. Os efeitos duram cerca de quatro horas mas a médio prazo leva à perda do apetite e do desejo sexual e atrasa os batimentos cardíacos. A superdosagem, aquando da tolerância do organismo à substância, pode resultar em coma e morte por insuficiência respiratória. Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos com os da heroína, porém, com características eufóricas menores. O uso de antidepressivos, quando receitados por um médico que acompanha o paciente, é muito importante para atenuar o mal-estar. Estas drogas baixam a ansiedade mas causam danos à memória, aos reflexos e ao sistema cardiorrespiratório. Em pouco tempo, estas drogas causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias perturbações mentais.
Os alucinogénios mais populares são a maconha, o haxixe, o LSD, os cogumelos e o ecstasy. A maconha e o haxixe geralmente são fumados e o efeito dura entre uma a seis horas. Inicialmente, o usuário tem a sensação de maior consciência e desinibição. Porém pode haver uma perca na noção de espaço, na memória recente e aumenta consideravelmente o apetite. Os olhos, órgãos mais afectados por estas substâncias, ficam vermelhos e irritados o que com o tempo pode causar conjuntivites. Em excesso pode ter efeitos paranóicos e esquizofrénicos. O LSD é encontrado em tabletes, cápsulas ou líquido e é ingerido. Tem uma duração entre 10 e 12 horas. Inicialmente, intensifica as percepções sensoriais, principalmente a visão, e produz alucinações. Contudo, com o tempo pode provocar danos a nível do material genético das células, além de intensificar as tendências psicóticas levando à ansiedade, ao pânico e ao suicídio, pois gera um medo enlouquecedor. Já o cogumelo, geralmente, é ingerido em forma de chá. Tem efeito durante cerca de seis a oito horas, propiciando relaxamento muscular, náuseas e dores de cabeça, seguidos de alucinações visuais e auditivas. Seus sintomas são muito parecidos com os do LSD. Mais recentemente, surgiu no mercado das drogas o Ecstasy, um comprimido. Seus efeitos também são alucinogénios, como no caso do LSD e a dependência é inevitável.
Estas são as drogas mais conhecidas, mas não são as únicas. Existem centenas de tipos de drogas diferentes. E todas são, a longo prazo e quando consumidas em excesso, degenerativas. O consumo destas substâncias, quer sejam elas lícitas ou ilícitas, é extremamente grave e perigoso. E o pior é que quando começas, não sabes quando vais parar ou se vais conseguir parar.
No caso de não conseguires parar existem imensas instituições com actuação específica nesta área que te podem ajudar a sair dessa dependência. Mas lembra-te, o primeiro passo tem que ser sempre teu.

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